Quarta-feira, 20 de Maio de 2009

 
Mais uma vez vais.
Eu fico.
Tão só, tão oculta,
tão largada…
Que nem mesmo eu sei
se por ti serei encontrada,
por entre a miríade de causas
que te preenchem a lembrança,
que te ocupa a emoção.
E eu fico.
E algo em mim fica sustido,
não sei bem se é segurança,
se coisas do coração.
Mas sinto algo indefinido,
algo que ensombra a razão.
 
Donagata em 2009-05-20

 


sinto-me:

publicado por Donagata às 18:42

"Sonho" de Guilherme de Faria
 
Sonhei contigo.
E como estavas vaidosa
Dos êxitos da tua Inês!
Sonhei contigo.
E eu nervosa
Pois entre a minha alegria
Havia também porquês.
Tentavas tu explicar
Tentava eu entender
Como puderas não estar
O que te fizera reter.
O cabelo por lavar…
Mais um corte de corrente…
E eu calei-te friamente
Não podia acreditar.
 
Acordei!
Tão pesarosa, tão sentida!
Mas eras tu e tão viva,
Que eu nem sequer vacilei
E evoquei a razão.
E agora que acordei,
Só me posso desculpar.
Estiveste presente, eu sei.
E aquilo que eu dizia
Eras também tu a falar.

 

Donagata



publicado por Donagata às 01:28

Imagem da net. Autor desconhecido
 
Tudo tão sereno.
Posso ouvir o silêncio que me abraça.
No seu interior, ouço também os pássaros

 que, em chilreios alegres e voos arrojados,

finalmente, saúdam o sol que brilha.
E brilha sobre as árvores, sobre a relva,
sobre os telhados das casas, agora mais vivos,
sobre as águas….
E, tudo acalenta, tudo revigora, tudo afaga.
Mas tudo se mantém sereno e calmo,
e o que eu ouço, é apenas o silêncio
como que bebendo dessa benesse
há tanto ambicionada.
Também eu desejo sentir o sol e tomá-lo,
em silêncio, com devoção.
Saio e sinto o calor que me beija a pele,
ma acaricia e me leva esse sentir
até ao âmago de mim.
Sinto o silêncio que as pedras guardam dentro de si.
Por fora, brilham intensamente
sob o dourado do sol. Parecem até distendidas, palpitantes…
Quem sabe, um dia, explodirão em silêncios,
o silêncio que agora guardam…
 
Donagata em 2009-05-04



publicado por Donagata às 01:25
O diário do meu alter-ego. O irreverente, desbocado, mal disposto e insensato alter-ego. Mas também o sensível, o emotivo, o lamechas, aquele que tenta dizer coisas de forma bonita... Assim num pobre arremedo poético.
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