Diz-me, por favor,
como faço para desapertar este nó
que me amordaça a voz,
que me está a asfixiar,
que convoca marés de lágrimas
salgadas e quentes
que se quedam, também elas,
aprisionadas, impotentes
no fundo do meu olhar.
Ensina-me como soltá-lo,
como abri-lo, desatá-lo,
para poder inspirar,
para voltar a gritar e expulsar esse nó,
que me obriga a estar tão só…