Domingo, 17 de Maio de 2009

 
Não sei porque não sei escrever poemas de amor!
Não sei porque se me escapam as palavras necessárias
E se vão desvanecendo, lentamente, com pudor.
 
Não sei porque não sei escrever poemas de amor!
Porque se embrulham embotados estes dedos no teclado
Tocando em letras, à sorte, para apenas as descompor?
 
Não sei porque não sei escrever poemas de amor,
Se o que sinto é tão presente, tão intenso, tão pungente,
Que me verga, me aniquila, num mando avassalador!
 
Se escrevo mesmo o que não sinto, de modo arrebatador
Burilando as palavras, versejando com fervor,
Porque será que não sei, escrever poemas de amor?
 



publicado por Donagata às 18:15

 
 
Imersa numa densa escuridão
Que me envolve
Vestindo-me o corpo e a alma,
Escuto:
As gotas de chuva tombam,
Pesadas,
Nas folhas das árvores do jardim,
Que gemem baixinho
Num sussurro.
Pelos vidros da ampla janela,
Através da qual
Não vislumbro senão sombras,
Deslizam fios de água
Que suportam lágrimas azuis.
Lágrimas de um choro
De quem já foi perdoado,
Ou lágrimas de perdão
De quem nunca havia chorado.
 
 
Donagata em 30/11/2007



publicado por Donagata às 18:06
O diário do meu alter-ego. O irreverente, desbocado, mal disposto e insensato alter-ego. Mas também o sensível, o emotivo, o lamechas, aquele que tenta dizer coisas de forma bonita... Assim num pobre arremedo poético.
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