Sábado, 16 de Maio de 2009

"Dance shoes" By Elissa
 
Dançar é expressar com o corpo,

palavras que a alma abriga e quer soltar.

É escrever com os pés, com as mãos,

 com todos os movimentos, é desenhar.

 
Dançar é voar bem alto, é subir,
além do sonho, da ilusão da fantasia
É usurpar a música que se faz ouvir.
É esquecer o real e viver a utopia.
 
E é oscilar, saltar, deslizar, rodopiar,
é ser lascivo, mesmo sem o pretender,
é perder-se num contínuo dialogar,
é o balançar entre o cansaço e o prazer.
 
Dançar é um deixar-se possuir,
É esquecer o pudor e a decência,
é ser forte, ter o arrojo de sorrir,
é matar com a alegria a dolência.
 



publicado por Donagata às 17:15

 
Como posso eu calar?
Como posso eu fazer?
Como posso ignorar
tudo o que quero esquecer?
 
 
Como posso sacudir?
Como posso empurrar?
Aquilo a que quero fugir
e à pele sinto agarrar?
 

 


sinto-me:

publicado por Donagata às 16:18

"Trihos", fotografia de Edson Ricardo
 
Por vezes caminho tão só
pela delicada fímbria da sanidade
que apenas o arrojo e a fome de viver
me impedem de tombar.
 



publicado por Donagata às 15:41

 
Na boca um sabor a saudade
do muito que tenho para te beijar.
Na pele esta delicada ansiedade
das vezes sem conta que te irei amar.
E os recantos do meu corpo,
quão desinquietos estão,
para acolherem, encaixarem,
ajustarem, envolverem,
esses teus que ao meu se ajustam,
com notável precisão.
 
Donagata em 2009-03-31

 



publicado por Donagata às 13:11

Fotografia de Carlos Romão, "Invernia"
 
Eu hoje estou como o tempo,
incerto, com mau feitio,
tanto sopra forte, o vento,
como está um sol de estio.
 
Estou azeda, irritada,
absurdamente infeliz,
quero tudo sem querer nada…
aquilo que fiz… desfiz.
 
Tudo hoje é uma incerteza,
mas muito tenho por certo,
cada gesto é uma proeza,
cada feito um desacerto.
 
E, tal como o tempo, eu me vou

revoluteando  em incertezas,

soprando-as com violência,
as que o tempo não açaimou.
Pois essas vão ficar presas
à fímbria da minha impaciência.
 
Donagata em 2009-05-16

 



publicado por Donagata às 12:44
O diário do meu alter-ego. O irreverente, desbocado, mal disposto e insensato alter-ego. Mas também o sensível, o emotivo, o lamechas, aquele que tenta dizer coisas de forma bonita... Assim num pobre arremedo poético.
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