(Fotografia de Chema Madoz "Livros e areia"
Vencida, desanimada, esgotada.
Empurrada pelas paredes
que parecem estar cada vez mais próximas,
mais ameaçadoras
e me sufocam, me oprimem, me assustam…
Acaricio o teu pelo macio, Zorba.
Tu que não me perdes de vista
e me olhas com a meiguice desses olhos de esmeralda.
E ronronas, e dás turrinhas, e te colocas na frente do eterno livro,
e me fazes chorar.
Desalentada abraço-te, companheiro de tantos anos.
E na tua irracionalidade de bicho, entendes-me
e colocas, com jeito, a tua pata macia no meu rosto.
Donagata