"The wall of no-words" de Alberto. G. Baccelli
Gosto das tuas palavras
quando as sinto algodão.
Suaves, coloridas e doces.
E então é como se fosses
Aquele que eras então…
E ainda hoje, ao ouvi-las,
vem-me a ternura à memória
e vivo de novo a nossa história
com um frémito de emoção.
Às vezes sinto-as redondas,
macias, bem desenhadas
modelam-se na tua boca,
saem soltas, bem cuidadas…
E há ainda ocasiões
em que elas têm esquinas.
Saem cortantes, agudas,
como fantasias peregrinas.
Por vezes são tão obtusas
que nem mesmo as quero ouvir.
Viajo para o meu mundo
e escuto-as a sorrir…