São migalhas, só migalhas,
aquilo que eu tenho a certeza
que a existência me dá neste momento.
Pequenas migalhas de um suposto talento.
Suposto pois se queda sem firmeza,
porque descubro que já o fruí
e agora não o abono pois penso que o perdi,
ou então, cedi na convicção.
Migalhas de afectos que vão escapando,
esmorecendo devagar, subtilmente,
como o fumo se escapa por entre os dedos da mão.
Migalhas dos meus sonhos voando,
suspendendo um rasto de perda e desilusão.
São tudo migalhas… migalhas… migalhas…
Donagata em 2009-06-13